quarta-feira, 27 de abril de 2011

Trovador


Trovador que canta amores antigos
amores profundos da humanidade toda,
atemporais, viscerais.
Canta a cantiga da amante,
e a cantiga da amiga
vive sonhando o que todos
gostariam de viver acordados.
Propaga a beleza em verso e prosa.
Meu herói etéreo, que sói viver anônimo,
surge do imaginário de minha alma sedenta,
brotando em letras e frases como um oásis.
Melhor que seja assim, doce cavalheiro!
Pois só dessa maneira, você poderá para mim
ser mais real do que a própria realidade.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Ofício de Poeta


Sonhar é o oficio do poeta
Ver com a alma e olhar em palavras
O que não pode ser visto.
Sentir com o coração
Transformando em concretude o sentimento.
Trazer a densidade dos sentidos
Para a leveza das palavras.
Brincar com as letras
Falando sério com as emoções.
Mais do que tudo
É travar uma batalha
Entre o individual e o coletivo,
Abraçando a humanidade
Com seus braços de sonhos

domingo, 10 de abril de 2011

Mãe e Filho


Ofício complexo esse de ser.
Ser humano por essência
Ser bom por consciência
Ser amável por excelência
Ser fiel por inocência
Mas o que dizer do Ser mãe?
Ofício mais que complexo, completo
A essência vem à tona consciente
Amando com toda a inocência
Mas mesmo assim não se garante
Por a salvo a cria a todo instante.
Enquanto terra, nutrindo, fazendo crescer
Têm-se essa sensação tão grata
Mas depois que o mundo traga o rebento
Somente a oração é o que nos resta
Clamando para que o caminho seja reto
Unindo mãe e filho em todo o momento

sábado, 9 de abril de 2011

Poetas e Loucos

Vida vã que passa como um sopro
Fino cordel que liga o aqui e o nada
Tantos correm para em nada chegar
Buscam ter o que nem sequer existe
Entender o essencial do existencial
Coisa para poucos extremamente loucos
A loucura que se mistura com a brandura
Quando se tem a compreensão da Verdade
Da qual na realidade não se tem certeza,
Somente o sentimento de estar do lado certo
A poesia, a fé e a crença que nos dá mantença
É o que pode dar sentido a toda esta corrida.
Poetas, loucos e crédulos
Correm na contramão das gentes
Que somente buscam para o ventre comida

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Liberdade

Estar livre quando se queria estar preso
Essa é uma sensação insólita e sem sentido
Talvez por que a prisão não signifique grilhão
Quando nos atamos por amor
Pois tendo esse sentimento no peito
Tornamo-nos livres no coração


Tanto Mar

Tanta terra a desbravar e tanto mar a navegar
Para que nos teus olhos pudesse olhar.
Bom mesmo seria poder voar para mais rápido chegar
Perto de ti, ó solitário navegante.
Marujo altivo e elegante
Que do convés da vida contempla
Os matizes do azul entre o céu e o mar
Quisera eu poder por um instante infindo
Ao lado teu estar mirando o horizonte,
Sendo teu porto seguro aonde pudesses chegar
E da lida diária calmamente descansar

domingo, 3 de abril de 2011

Busca



Quantos olhares em busca de outros
Quantos suspiros de solidão
Quantas oportunidades perdidas
Dentro do mar das relações

Milhares de almas solitárias
Milhares de vidas em sequidão
Milhares de sonhos desvanecidos
Em busca de realizações

Por que tudo isso?
Por que essa busca em vão?
Por que não juntamos as forças
Unindo os corações?

Mas isso é só utopia.
Mas que tola ilusão...
Mais eu sonho com tudo isso
Mais tenho decepções