sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Palavras (por Rodrigo Malavoglia)

“Minhas palavras permanecerão após minha morte
Cada rima, cada verso é meu sentimento em recorte
Na poesia, expresso tudo que por você é mais forte
Nas entrelinhas, encontro nosso amor e  meu suporte

Minhas palavras permanecerão por toda história
Cada rima, cada verso para sempre em memória
Na poesia, expresso a beleza de minha vitória
Nas entrelinhas, encontro nossa glória

Minhas palavras permanecerão para todo sempre
Cada rima, cada verso é um sincero presente
Na poesia, expresso tudo que me é reluzente
Nas entrelinhas, a encontro, quem me fez diferente”

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ser ou não Ser, Poema ou Canção











Ser ou não ser
Poema ou canção,
Se podemos escolher
Essa nossa vocação?

Essa dúvida atroz
Que o sono me faz perder
Cala minha voz
Fazendo-me entristecer

Por que não ser poema?
Se tão bem faz para o homem
Acostumado ao seu teorema
Quando a razão o detém?

Muito mais importante
É ser uma doce canção
Que quanto mais impotente,
Mais disso carece o coração

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Viajando no Tempo e no Espaço

Desfaleço com sua mão e coração
Tocando com desejo minha carne e mente
Carne quase estéril no extenso deserto
Mente como que de uma criança
Buscando os porquês de tamanha emoção

Mão, coração, carne e mente
Rompendo num turbilhão
As comportadas comportas
Que por tanto tempo cercaram as águas
Desejosas de viver tão intensamente

O que falar, e como falar?
Não se fazem necessárias palavras
Somente o cúmplice silêncio
Deixa descansada a alma
Que encontra aconchego no olhar


Cristal de Gelo



Sou como um cristal de gelo
Multiforme como saída de um caleidoscópio
Delicada construção multifacetada
Proporcional à temperatura vivenciada

A beleza muitas vezes não vista
Pelos olhos desapercebidos
Esconde-se por traz de um claro
Gélido e grotesco anteparo

Quem pode atrás da grande muralha
Vislumbrar tão lindo e rico tesouro?
Este triunfo é para muito poucos
Pois esse mundo está apinhado de loucos

Loucos que não sabem de onde vêm
Nem tampouco para onde vão
Tocam de roda em volta do rabo
Enquanto de solidão eu me acabo


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Como te esquecer?


Quanto júbilo pode haver
Em uma pequena frase dita
Algo que demonstra o querer
Quando o coração se agita

Tanta emoção incontida,
Uma quase infantil alegria
Apenas por uma palavra lida
Capaz de converter de uma via

Estrada esta que leva com enfado
Ao deserto dolorido da decepção
Mas que com um gesto delicado
Pode nos mudar a direção

Como posso parar de respirar?
Uma brincadeira ou algo real?
Não importa! Vale a pena esperar
Por tão amável e doce sinal

Preciosos Tesoros


Los amigos son tesoros
Con los cuales nos bendice Dios
Por veces El los da de cerca
Por otras de tan lejos nos regala
Solamente tenemos que quedarnos
Con nuestro corazón abierto para recibirlos
E con nuestros brazos listos para abrazarlos

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Frágil Cristal

Por vezes me sinto frágil como um pequeno e delicado cristal
Que com o vento é levado a chocar-se com aquilo que o detém
Soltando um grito como um lamento frio, profundo, gutural

Amarrada a um fio quase invisível que me mantém suspensa no ar
Sinto-me totalmente à mercê da tempestade que me sobrevém
Uma sensação incontrolável e angustiante que me faz sufocar

Mas eu aqui, sozinha neste mundo tão insólito insisto em viver
A teimosia por vezes é a minha única e enferma companhia
Que torna os dias mais suportáveis neste meu adoecer

Doença que corrói buscando um canto para se instalar
E com o choro mando embora toda a tentativa mortal
De me levar embora vez por todas e me fazer calar

Insisto sim, e continuo, contudo, vivendo tenazmente
Alegrando-me no pouco que posso e me mostrando feroz
Juntando forças e me tornando assim, mais um remanescente

Plantio e Colheita


Não há princípio mais fiel como este que determina a colheita
A semeadura determina não só a quantidade como a qualidade
As mãos e o coração fazem o trabalho e eles mesmos têm a recompensa
Tanto mais se propõe a cuidar, mais se é cuidado
Tanto mais se busca o bem, mais se é abençoado
Verdadeiro é aquele que estabeleceu este princípio
Portanto muito mais justa é a paga pelo que se planta

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Soneto à vida

Quanta vida existe na vida
Que no  caminho percorrido
Se mostra de todo atrevida
Para aqueles que instam não ter morrido

Morrem muitos por desalento
Alguns por total abandono
Alguem por estar desatento
A tudo que parece não ter dono

Mas o dono mesmo está a tudo vendo
E nos chama atenção com carinho
Para que possamos ver o que estamos vivendo

E para que nossa vida não seja vã e vazia no seu caminhar
Podendo para todas as pessoas fazer sentido
É só de dentro de nós sairmos para a doce aventura do amar

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Verde Claro

Verde claro
Ver claro de vez
Vez em quando clarear
O que só pode ser estupidez

Branco puro
Purificando a veste na paz
Caiu brincando de se arriscar
Com o bramido do urso voraz

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Amor sentimento...Amor decisão

Este jogo de esconder
Pode esconder um grande segredo
Segredo este que não quero ver
Por que vendo posso ter medo

Medo do desconhecido
Que a qualquer hora pode ser desvendado
E desvendado pode ser vivido
Como um sonho desencantado

Sonhar com algo bom
Ainda que não seja perfeito
Pois perfeição  é um dom
Do que pode ser refeito

Refazer a vida e as relações
Vivendo cada uma em sua plenitude
Cada uma com suas peculiares emoções
Como peculiar é cada atitude

Atitudes como o amor
Que nada tem de paixão
Pois vivê-lo nos exige muito mais que ardor
Exige sim compromisso de irmão

Irmão que é capaz de abrir mão
De seu próprio direito e querer
Buscando de todo o coração
A sua vontade ceder

Quão difícil é a arte
E a ciência de praticar o amor
Que se declama em toda a parte
Mas é um universal clamor

Clamor de todo o ser
Quer seja ele criança ou senhor
Quanto necessitamos ter
Este sentimento que nos traz o calor

Intenso e imenso calor
Do intimo e profundo da alma
Calor que aquece o interior
Enchendo-nos de uma doce calma

Calma que sente quem tem certeza
De que faz parte de algo indizível
A grata e plena leveza
Capaz de fazer o ser indivisível

Pois não se divide o que é completo
E que só pode sê-lo realmente
Se o outro o tem como predileto
Valorizando-o plenamente

O que é o amor então de verdade?
Talvez a essência desse ser tão complexo
Que para se sentir completo na sua humanidade
Carece de um sentimento tão sem nexo

No peito de um amigo

Esse poema é em homenagem a todos aqueles que me cederam seus ombros, corações e ouvidos, e que hoje têm espaço aberto nesse espaço virtual e no espaço real da minha alma para compartilhar suas poesias. Bem vindos à bordo!
Na dor sofrida buscamos por abrigo
Muitas vezes sozinhos e tateando
Mas é no peito de um velho ou novo amigo
Que temos a esperança para continuar tentando