Que com o vento é levado a chocar-se com aquilo que o detém
Soltando um grito como um lamento frio, profundo, gutural
Amarrada a um fio quase invisível que me mantém suspensa no ar
Sinto-me totalmente à mercê da tempestade que me sobrevém
Uma sensação incontrolável e angustiante que me faz sufocar
Mas eu aqui, sozinha neste mundo tão insólito insisto em viver
A teimosia por vezes é a minha única e enferma companhia
Que torna os dias mais suportáveis neste meu adoecer
Doença que corrói buscando um canto para se instalar
E com o choro mando embora toda a tentativa mortal
De me levar embora vez por todas e me fazer calar
Insisto sim, e continuo, contudo, vivendo tenazmente
Alegrando-me no pouco que posso e me mostrando feroz
Juntando forças e me tornando assim, mais um remanescente
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