quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Mão e Coração



Mão e coração
Uma estrada tão curta...
A busca pelo abraço
E o encontro no final do braço

Mão fala de apoio, de joio
Que pode surpreender
Quando está estendida
Porém embosca com uma mordida

Mas nem todas as mãos são cobras
Nem todos os abraços falsos
Creio que existam por vir
Corações que abracem e mãos que apoiem

domingo, 11 de setembro de 2011

Réquiem a um Grande Amor




Andar cadenciado e altaneiro
Era meu amor
Quanta saudade do teu cheiro
Da macieira em flor

Aquela sensação amena
Peito de acalanto
Nossa vida era tão serena
Real e doce encanto

Teu beijo saboroso e quente
Traduzia o amor
Perder-te nunca tive em mente
Era meu maior temor

Dói saber que tiraste tua vida
Pois tendo te matado
Fizeste uma escolha mui sofrida
Matando quem estava ao teu lado

Acabaste com um o sonho ardente
Doce e real, vivido
Conosco acabaste inconseqüente
Sem nosso propósito ter cumprido

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Amigos





Amigos doces, amigos esses
Capazes de adocicar o mais amargo
Âmago profundamente marcado
Pelos mais drásticos revezes

Vocês são o meigo acalanto
De minha vida em busca do som
Do sol, da vida, do que é bom.
Tom, poesia do mais belo canto

Que encontro todos os dias,
Todas as horas vagas
Das rotinas quebradas
Que inundam minhas tardes frias

Frias elas, pois solitárias são
Próprias de quem tem o desejo
De ter alguém que num lampejo
Prove que a vida não se vive em vão

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Menino de pés no chão

Menino simples, de pés no chão
Seu lamento, sua tristeza
Comoveu meu coração

Perdido está, sem saber pra onde ir
Buscando alento na sua solidão
Tentando achar um motivo apenas pra sorrir

Preciso da sua pureza, menino!
Não corra, não morra!
Sou carente de sua leveza, pequenino...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Minha Canção


Sustenido da minha agonia
Quase semitono quando canto você
Saio do ritmo na busca do seu tom maior
Mas quando o vejo entro em harmonia

A melodia do seu falar
Faz calar o mais alto dos bemóis
Daqueles que sustém as emoções
Nas mínimas que bailam no ar

Cante-me, doce rouxinol encantado
Cante a canção do meu coração
Que só você conhece tão bem
Eu, de pronto atenderei seu chamado

Correrei em busca de um breve
Mas indelével toque da tua alma sonora
Que é a única capaz de transformar
Todo o peso da vida no meu sonho mais leve