sábado, 9 de fevereiro de 2013

Vida Real



Escolher o melhor
Esconder o pior
Fazer o infactível
Retornar o impossível

Viver para ver
Sonhar para crer
Buscar o inatingível
Sorver o insaciável

Olhar o invisível
Tocar o intangível
Vislumbrar o céu
E apreciar o mel

Crer no inverossímil
Lutar como incansável
Somente para ser
Aquilo que esperam ver

Esta é a nossa vida afinal.
E por que duvidar que podemos
Um dia ser aquilo simplesmente
Que nossa essência traz de real?...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Sonhos



Tão doce é o teu falar!
Por ti escrevo essas linhas.
Sei que saberás quando leres

Saberás que é para ti minha inspiração
Como sei que estás sempre velando por mim.
Cuidas de minha alma como fosse tua.

Viajas anos luz para tocar-me a alma
Como viajante solitário cavalgando na tua melodia
Aquela que, sabemos, é uníssona entre nós

Pouco sabemos um do outro,
A não ser o necessário para alcançarmos
A mais profunda recamara de nosso íntimo,

A sala secreta da nossa privacidade
Que nos damos a conhecer quando nos lançamos
Nesta busca frenética pelo puro e essencial.

Saí ao teu encontro nessas linhas
Sei que me encontrarás quando vê-las
Fique contigo meu doce encanto,

E fique assim, longínquo menestrel
Sempre nos meus sonhos e nos teus,
Quando sonhas comigo e me buscas no etéreo.
Estarei sempre lá, como sempre sonhaste. 

INOCÊNCIA PERDIDA
















Onde está minha inocência?
Em que parte do caminho ela se perdeu?
Poderei eu encontra-la novamente?

Por que tornaria a busca-la?
Pode-se restaurar o que já não existe mais?
Quanta dúvida...Quanta indagação...

Saber-se consciente de sua insensatez
Torna o Homem duramente culpado.
Por isso busco minha inocência

Traze-la de volta tornar-me-á cega.
Não verei os descaminhos que trilhei,
E poderei pensar ter pisado em flores,
Não em espinhos que me feriram os pés e a alma.

Como traze-la de volta, senão através do espelho?
Talvez olhando-me bem fundo nos olhos refletidos
A encontre lá escondida, quieta, acuada...
Olhando-me e perguntando: por que você me abandonou?

Flutuar



Sinto meu corpo ainda entorpecido
Como um misto de desespero e alívio
O pavor de estar ainda submersa
E a alegria de me sentir viva

Flutuo suave em meio ao caos
Vejo tudo passar em câmera lenta
Tudo envolto como em uma névoa
Imagens desconexas e incompreensíveis

Parece um sonho
Quem sabe o seja...
Talvez eu ainda acorde

Mas talvez esse despertar
Não passe apenas de uma ilusão
E eu veja o que realmente nunca existiu