Monstro silencioso que nos resseca por dentro,
Seus tentáculos atingem nossa mente, coração e olhos,
Enevoa nossos sentidos tingindo de cinza nosso olhar.
Suas garras fincadas no coração apertam o peito sem cessar,
Tirando o fôlego e fazendo fugir o sono ao deitar.
Como vens sorrateira, fera ignóbil!
Instala-se sorrateira, quase imperceptível
Desbotando as cores vívidas outrora vistas.
Paralisa os movimentos que antes eram dança.
Pesa como chumbo o que antes eram asas.
Torna silente aquilo que soava festa.
Fiz eu por merecer tão triste castigo,
ou apenas destino inexorável é esse fardo?
Não sei. Só sigo levada submersa por essa longa vaga-vida.
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