domingo, 27 de maio de 2012

Sina de Poeta



O poeta tem por obrigação poetizar
Assim como temos por grata missão respirar
É assim como minha sina, desde menina
Buscar acalanto em meio a tanto desencanto

Faço isso por gosto, de forma natural
Como da goiabeira o produto final
Pois a goiaba em si não se acaba
Se a raiz forte não dê seu suporte

Descubro portanto que minha raiz é forte
E é com certeza quem sempre me deu o norte
Na busca da melodia as vezes arredia
Da perfeita rima que a vida ensina

Sim, porque a poesia é a melodia
De todas as palavras do dia a dia
Tantas que ao poeta são mantras
Pois insistentes ficam latentes

E não sossegam até nascer
Como me fossem um amanhecer
Vão luzindo e ao poeta seduzindo
Para suas mãos usar e poder voar


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