terça-feira, 26 de novembro de 2013

O Homem saiu pela porta


Você beijou-me a fronte
Numa despedida calada,
Virou-se e saiu decidido
Para nunca mais voltar

Não olhou para tras 
E seguiu os passos de seu coração

A porta permaneceu aberta
Como aberta ficou a ferida

Um abismo se fendeu
Tragou todas as forças 
Até quase a alma levar.

O nó preso à garganta
Mantinha na boca
O gosto do absinto

Mas numa noite,
Sem mais autopiedade
Todo amargo foi vomitado

Voltei àquele momento
No qual você me acordou com seu beijo
Agradeci, me despedi, e deixei você ir 
Definitivamente.

Fechei a porta e recomecei a viver.



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