Olho no espelho e o que vejo?
Vejo acima de tudo um desejo
De quem veio ao mundo só como atribuição
Mas não quer viver o tempo todo na solidão
Perguntam-me por que essa fixação
Respondo que mais que isso é convicção
Algo que trago dentro do peito como almejo
Por ter tanto para dar me desprotejo
Ponho-me frente a frente com o coração
Tão frágil e tão cheio de intenção
De amar pelo simples ensejo
Do outro tocar sem qualquer manejo
Mas tanto menos me protejo
Muito mais sinceramente festejo
Por que o que poderia se tornar em aflição
Reafirma minha humana condição
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